R A D I O A M A D O R I S M O
O Radioamadorismo, é uma atividade exercida sem fins lucrativos e permite que milhares de pessoas devidamente identificados e licenciados de todo o mundo estabeleçam contato via rádio e um dos seus principais objetivos é a evolução técnica das comunicações, estudo de propagação, do espectro em geral, aspectos geográficos em radiocomunicação. Para os Radioamadores não existem barreiras étnicas, políticas, religiosas, ideológicas, de nacionalidade, idade ou profissão, tentando promover uma relação internacional de amizade, compreensão, cidadã e cordial . O Radioamadorismo é mais conhecido pelo serviço gratuito que presta quando ocorre desastres naturais, aquisição de remédios difíceis e por ter ajudado na localização de pessoas e até veículos roubados e infelizmente por causar interferências. Entretanto contribui significativamente tanto no plano social, quanto no tecnológico para as nações que o apoiam e aprovam. Pode-se assegurar que os radioamadores são representantes do seu país, quando estabelecem contatos internacionais promovem a sua imagem e seu interesse pelo resto do mundo. O radioamador é tido também como força de reserva das forças armadas prestando serviços quando solicitados, responde rapidamente aos chamados de socorro em comunicações quando os canais normais são interrompidos devido a calamidades . Os amadores tem contribuído em situações de emergência de conseqüências desastrosas como terremotos, erupções vulcânicas e furacões que ocorrem quase todos os anos em diversos países. Por sua possibilidade de aprendizagem para a juventude o valor do radioamadorismo é muito claro, além do mais, traz a oportunidade de uma atividade produtiva para pessoas de idade avançada e para os fisicamente incapacitados, o radioamadorismo oferece uma oportunidade de contato externo que não seria possível conseguir de outra maneira, é uma inigualável abertura por exemplo, para os deficientes visuais.
O radioamadorismo foi uma vocação para experimentadores e comunicadores no início do século passado quando se usavam freqüências mais baixas do que as atuais de HF ( 1.8 a 30 MHz ). Nos dias de hoje as faixas para radioamadores se situam para além dos 250 GHz. Até 1970, as bandas de HF foram o meio usado para comunicações costa a costa e internacionais pelos radioamadores, bem como as estações comerciais e governamentais. Estas freqüências estavam então sobrecarregadas de estações comerciais de toda natureza em trafego mundial, assim como as comunicações amadoras cidade a cidade, dx, contestes, redes de serviço público e experimentos.Mais recentemente, os radioamadores reverteram este quadro, colocando por vez primeira um repetidor na faixa de 2 metros, propiciando um novo horizonte nas comunicações . A curiosidade na comunicação intercontinental também foi aguçada pela capacidade das bandas de HF.
A seguir faremos uma pequena apresentação das características de cada faixa entre 160 a 10 metros:
10 METROS: Uma banda onde novos e antigos operadores trabalham em comum é a de 10 metros. Por sua facilidade em trabalhar-se com pouca potência e antenas relativamente pequenas e seu alcance ser mundial, esta faixa é uma das preferidas dos iniciantes. Por ser uma banda de espectro grande 28000 a 29700, muitos modos são usados, cw, ssb, fm, satélite, modos digitais, repetidores, entre outros. No Brasil esta faixa é usada por todas as classes, exceto D. A propagação está geralmente aberta, mesmo nos tempos de baixa do ciclo solar. Muitos amadores conseguiram proezas em tempos de “propagações magras “, trabalhando centenas de países durante as poucas e curtas aberturas nas épocas de baixo fluxo solar. Os 10 metros também nos mostra algumas características das faixas altas de VHF, não escutar nenhum sinal nesta faixa não quer dizer que não haja propagação e a banda esteja fechada. Aberturas curtas, mas excelentes, são sempre possíveis. Descubra isto chamando CQ ! A mais popular estação em 10 metros é um transceptor com 100W e um pequena tri-banda 10 / 15 /20, ou mesmo uma monobanda curta em cima de um telhado. Amplificadores lineares e antenas muito altas não são realmente necessários , porém, instale sempre sua antena o mais alto que seja possível. Pequenos rotores usados em antenas de TV vão facilmente manejar esses conjuntos de irradiantes. Por ser muito larga a banda de operação em 10 metros, recomenda-se o uso de um antenna tuner, para o caso de se trabalhar na parte alta e baixa da banda, ou seja, fazendo FM e CW. Você poderá então com muita facilidade trabalhar uma estação de um amigo a 200 Km ou uma ilha no Pacífico Sul. A ausência quase sempre de estáticos, proporcionará que você opere sinais fracos ou pile-ups e tenha chance de ser escutado.
15 METROS: Talvez a mais amada entre todas as faixas, as condições nesta banda são as mais previsíveis para uso em DX. A operação em quinze metros é mais comum nos tempos de baixa atividade solar. Nestas épocas, os 15 metros se comportam melhor que a faixa de 10 metros ou 12. As comunicações continentais são possíveis praticamente durante todo o dia. Esta é uma das causas porque a maioria das redes se concentram nesta faixa, incluindo-se aí, os serviços de emergência de meteorologia, cruz vermelha, departamentos para o exterior dos EUA e as redes de DX. Nesta banda também o tipo mais comum de antena é a três elementos tri-banda, mas devido as condições especiais de propagação em certas épocas , é possível trabalhar estações longínquas com relativa facilidade, principalmente ao nascer e por do sol.
20 METROS: Se alguma das faixas pode ser rotulada de “ cavalo de batalha “, ou a “faixa da 4 estações “, os 20 metros certamente o será. Na prática esta banda reúne os melhores operadores, as estações mais potentes e as maiores antenas. É a faixa preferida dos Honnor Roll que a usam para este fim. Mas também é usada para comunicações no Brasil tendo em vista nossas proporções continentais. Praticamente o mundo radioamadorístico ocupa esta faixa, sendo ela a mais congestionada de todas. É a mais popular para dx, sstv, cw, operações digitais e um sem fim de utilizações. A maioria dos operadores utilizam 100 w e uma antena tri banda, conseguindo lograr sucesso com incrível facilidade, por isso é considerada a banda de elite do radioamadorismo. Em tempos passados a esta faixa eram atribuídos poderes mágicos pois se lograva comunicação com todos os países do planeta. Nos dias atuais os 20 metros permanecem sendo a principal via de comunicação especialmente DX em épocas de atividade solar alta ou não. Quando as condições de propagação estão favoráveis , é claro que a quantidade de estações ouvidas pode até nos frustrar devido a dificuldade de se escutar uma ou outra. A solução então, virá com uma antena maior, ex. seis elementos, que assim discriminará mais os sinais indesejáveis. Os comunicados via long-path também são favorecidos nesta faixa.
40 METROS: Eis a faixa que é mais compartilhada com outros serviços. Não é raro se encontrar estações comerciais, clandestinos e estações broadcast de até 500 Kw operando neste local. Um problema para os radioamadores, mas também um indicador de como está a propagação. Uma estação de broadcast é um indicador seguro muitas vezes. Durante o dia, 40 metros é uma banda de alcance médio, até 2000 Km, mas a noite, nos é possível contatar qualquer parte do mundo e v/c não precisa de 500 Kw. 40 metros é a faixa mais importante para todo tipo de concurso, muitos radioamadores possuem todos os países do mundo trabalhados nesta faixa. Durante o dia, temos as rodadas, durante a noite temos muitas redes de DX tentando trabalhar estações de outros países operando em split, como alternativa para fugir das broadcast e de outras interferências. A maioria das estações de radioamador da região 2, estão limitadas à freqüência de 7000 a 7100. Muitos radioamadores dos EUA como exemplo, não podem operar abaixo de 7100, por isso quando tentamos lograr êxito em um cq dirigido aos Estados Unidos, devemos chamar em split, com a escuta acima de 7100, entre as broadcastings. Em cw e modos digitais o procedimento para os EUA devem ser como nas demais bandas. Claro que muitos comunicados dx podem ser feitos com uma antena dipolo bem instalada nesta faixa, porém, devido as condições terem variado muito nos últimos anos, com aumento brutal de ruídos, uma antena direcional de 2 elementos dará uma grande ajuda para os DX e também para os contestes. Antenas verticais simples ou fasadas podem ser usadas com grande sucesso. Para recepção as Beverage podem ser tentadas em locais onde se disponha de espaço.
80 METROS: As coisas que muitos radioamadores pensam quando se menciona as bandas de 80 e 160 metros, é sempre o tamanho das antenas, gigantescas, e a série de ruídos encontrados nessas faixas. Mas, lembrem-se que os primeiros radioamadores estavam restritos a operar na faixa de 200 metros e abaixo disto! Essas faixas foram muito populares muitos anos antes de nossos sofisticados equipamentos e programas de computador para projetar antenas. Antes de se popularizarem as repetidoras operando em 2 metros no início da década de 70, muito do tráfego local, redes e tráfego de emergência era realizado na faixa de 80 metros. Para comunicados regionais, antenas de faixa estreita, dipolos encurtados, antenas verticais e outros arranjos combinados com acopladores de antena garantem uma regular performance. Dipolos full-size em V invertido, proporcionam bom sinal em comunicados a algumas centenas de quilômetros, porém o ruído também se faz presente. Para comunicados a longa distância, DX , v/c deve posicionar sua antena dipolo horizontal a pelo menos 15 metros de altura ( espaço livre ) ou mais. Tudo é valido para conseguir-se o intento, postes, árvores etc. Para se chegar a marca de 250 ou mais países em 80 metros, outros arranjos são feitos: Antenas fasadas, slopers, verticais em fase, dispositivos e antenas de baixo ruído só para recepção etc... Dependendo de seu poder aquisitivo, existem antenas direcionais de 4 elementos, pela bagatela de US$ 4000,00 ... mas não são muito populares. Os 80 metros representam sempre um obstáculo a quem está pretendendo o DXCC nas 5 bandas ( 5 Band DXCC ) ou o diploma WAZ ( Worked all Zones ), não são muitos radioamadores no mundo que conseguem tal proeza, o que torna –se uma experiência inesquecível para quem o fez. O que todos tem a dizer, é que a última zona trabalhada, foi uma zona de muito pouca população e que existiam muito poucos radioamadores lá! Para se contatar algumas zonas e/ou países, requer-se conhecimento de propagação, gray – line, muitas horas de sono perdidas, baixo ruído, expedições operando, bons ouvidos, e principalmente PERSISTÊNCIA! Depois de você ter treinado muito em 80 metros você poderá tentar outro desafio ... os 160 metros.
160 METROS: Conhecida como a “Top Band “, os 160 metros é a faixa dos experts. Os operadores desta banda se dedicam muito ao estudo e experiência com os mais variados tipos de antenas. Outros operadores, alem, dos experimentadores que estão na faixa, são os Dx-ers. Durante o dia os 160 metros não nos oferecem nada além do ruído. Você pode encontrar um ruído típico e estranho de aproximadamente 15 kHz que é o harmônico de algum aparelho de TV local. Durante o verão, podemos escutar os estáticos provocados pelas tempestades a centenas de quilômetros. Durante a noite as coisas mudam e muitas estações são ouvidas, principalmente na primavera e no outono. Podem ser ouvidos fortes sinais, principalmente em CW e também atividade em fonia. Existe uma variedade muito grande de antenas encurtadas que quando instaladas com o devido cuidado, proporcionarão bons contatos locais. Trabalhar Dx em 160 metros envolve fazer muitas descobertas. Envolve principalmente um trabalho árduo de caça. Se você espera encontrar sinais fortes na banda em qualquer dia do ano e a qualquer hora que ligue o rádio, está enganado! Eles são no geral muito mais fracos dos que os normalmente encontrados em outras bandas baixas. A primeira providência é a mudança radical para tentar melhorar a relação sinal / ruído na recepção. Como solução inicial a instalação de antenas Beverage ou de quadro. Uma técnica usada também é o uso da antena de 40 metros para auxiliar na cópia de sinais fracos. No geral, usa-se uma antena para transmissão e outra para recepção. As torres usadas para suportar as antenas de Hf podem ser usadas para suportar as L invertidas, outra boa opção para essa banda. Tenha em mente que as condições podem ser diferentes em 160 metros, tais como QSB, ruído e propagação podem ser exatamente ao contrário no mesmo dia e na mesma hora aos encontrados em 80 metros.
AS BANDAS WARC 12 / 17 E 30 METROS: A WARC, Conferência Mundial Administrativa de Rádio em 1979, incluiu as bandas de 12, 17 e 30 metros e os radio amadores tiveram direito ao uso em 1989. Essa novas bandas possuem as mesmas características das bandas adjacentes às suas freqüências, mas diferentes na propagação e no tamanho físico das antenas. Outra diferença é a pequena porção destinada aos comunicados. Cada banda tem suas vantagens em relação aos horários, como exemplo, a banda de 10 metros pode estar com a propagação fechada e a de 12 metros em plenas condições no mesmo horário. Apesar de estarem perto uma da outra, as condições podem estar totalmente ao contrário. Os 17 metros , uma faixa surpreendente, pois as condições são como as dos 20 metros, de alcance mundial e condições de propagação excelentes na maior parte do ano. Os 30 metros, limitados ao uso de CW e modos digitais e 200 W de potência, proporciona boas condições propagatórias. Vale a pena ser usada! Devido a falta de operadores brasileiros nesta faixa, nos divertiremos muito provocando Pile-Ups de europeus e norte americanos.
O que é o Radioamador? É a pessoa que, como passatempo, utiliza uma estação de rádio para comunicar-se com outras, sem propósitos comerciais. Alguns falam através de computadores utilizando modos digitais de comunicação, outros preferem utilizar os meios normais de comunicação através da voz e alguns preferem utilizar a velha, eficiente e agradável tecnologia do século 19 conhecida como Código Morse também chamada pelo seus praticantes de CW. Alguns Radioamadores ajudam a salvar vidas de pessoas efetuando comunicações de emergência após um desastres naturais como enchentes, desastres, terremotos, etc. Outros fazem uma grande amizade com pessoal com quem conversam, muitas vezes do lado do globo, pessoas que na maior parte das vezes nunca chegarão a conhecer! Você não pode imaginar, quantas coisas interessantes que poderá realizar como Radioamador. Que tipos de pessoas você conhecerá? Pessoas desconhecidas como as que você vê quando anda no centro da cidade, pessoas de diferentes raças, credos, idades, profissões, qualquer uma delas poderá ser um Radioamador que um dia você poderá encontrar no rádio. Em qualquer dia ou em qualquer hora você poderá estar envolvido em uma conversa amiga e de paz com pessoas em qualquer lugar do mundo pois o Radioamadorismo, mais do que qualquer hobby, não conhece fronteiras.
CLASSES DE RADIOAMADOR: Você pode escolher entre três da quatro classes de Radioamador existentes no Brasil para iniciar-se no Radioamadorismo.
1 . Na classe C, que permite apenas o uso de frequências acima de 50 MHz, você poderá utilizar muitas frequências, principalmente a popular faixa dos 2 metros (144 à 148 MHz). Também é permitido o uso de estações repetidoras que aumentam em muito o alcance dos rádios móveis e portáteis das faixas de VHF e UHF. A classe C, permite comunicações com todo o mundo, utilizando fonia e/ou telegrafia (CW) nas bandas de 160, 80 e 10 metros e exclusivamente CW nas bandas de 40 e 15 metros.
2. Na classe B além dos previlégios das classes D e C é permitida também a utilização na fonia na banda de 40 metros.
3. Após 1 ano de operação como classe B é permitido, prestar exames para promoção à última classe, a classe A, a qual abrirá as portas dos fabulosos 20 metros, permissão de utilização das chamadas bandas novas de 12, 17 e 30 metros e também a permissão de utilização de vários outros modos de transmissão como transmissão e recepção de sinais de TV.
INDICATIVOS DE CHAMADA: Todos os Radioamadores, ao receberem a sua licença, recebem também um indicativo de chamada. Muitos são mais conhecidos por seus indicativos de chamada do que por seus nomes. Indicativo de chamada é um conjunto de letras e números, fornecidos pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações). Nos indicativos de chamada utilizados no Brasil iniciam com P ou Z, dependendo da classe mais uma combinação de números e letras. As letras antes do número são chamadas de prefixo. As letras utilizadas pela Brasil originam-se do bloco PYA-PYZ e ZVA-ZVZ.
CONCURSOS E DIPLOMAS DE RADIOAMADORES: Se você gosta de competição, então gostará de participar de Concursos e ganhar Diplomas. Essas atividades radioamadorísticas reconhecem a sua habilidade em contatar outros radioamadores sob regras específicas.
Nos Concursos a finalidade é contatar tantos outros radioamadores quanto possível em um determinado período de tempo, normalmente em fins de semana. Os Diplomas são outorgados, por entidades e/ou associações de Radiomadores, quando determinadas tarefas são cumpridas, como por exemplo o famoso DXCC (DX Centurion Club), cuja tarefa é comprovar contatos com Radioamadores de no mínimo 100 (cem) diferentes países.
Os Clubes de CW brasileiros, possuem um extenso programa de Diplomas que se enquadra entre os maiores do mundo.
PADRÕES OPERACIONAIS: O Radioamadorismo tem através dos anos desenvolvido padrões e procedimentos operacionais próprios. Se cada um de nós utilizasse diferentes padrões, teríamos enormes dificuldades em comunicarmos uns com os outros.
O Radioamadorismo tem sido, durante décadas, famoso pôr sua ética e cavalheirismo e nós esperamos que você continue com essa essencial tradição.
SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO: Os 10, 12, 15, 17 e 20 metros normalmente possibilitam ótimos QSOs (comunicados) à longa distância (DX) durante todo o dia. Nos 30, 40, 80 e 160 metros são também possíveis ótimos contatos DX durante a noite , com ênfase no nascer e no pôr do sol, mas durante o dia o alcance dos QSOs é relativamente pequeno.
INÍCIO DE OPERAÇÃO: Ao iniciamos no rádio normalmente ficamos grande parte do nosso tempo corujando (escutando) QSO´s em andamento de outros operadores. Aprende-se muita coisa, mas nada como estarmos envolvidos em QSO´s para aumentarmos rapidamente a nossa eficiência operacional. Quando você está envolvido em um QSO, a informação que você recebe é muito importante do que um simples treino de recepção e assim você se empenhará em receber tudo corretamente. Nas faixas de HF (High Frequency) existe um alto grau de compreensão e ajuda. Não se preocupe em ir ao ar e começar a operar. Os momentos iniciais de puro terror rapidamente se converterão em pânico e este se transformará numa grande e agradável expectativa com a continuidade operacional.
PROCEDIMENTOS DE CHAMADA: Variam de acordo com as condições existentes, mas deverão ser sempre curtos para maior eficiência. No início, normalmente, passamos por uma fase na qual acreditamos que chamadas longas nos trarão um maior índice de respostas.
Você teria paciência para esperar o término de um longo e interminável CQ (Chamada geral a todas as estações) ?
CHAMADAS x RESPOSTAS: A estação que transmite um CQ(chamada geral à todas as estações), possivelmente terá vários amadores respondendo à sua chamada, proporcionando chances de contatos para quem fez a chamada. É mais produtivo ter várias estações respondendo ao seu CQ do que você ser uma das muitas estações que respondem à um CQ.
CHAMANDO EM UMA QRG (Freqüência) OCUPADA: Não é correto transmitir um CQ em uma freqüência que esteja ocupada (QRL). Isto normalmente acontece quando alguém ouve apenas a última parte de um indicativo de chamada quando se está sintonizando a banda. Quando o indicativo de chamada não é conhecido com certeza, o operador poderá mandar um CQ esperando que a outra estação responda. Entretanto, se o amador estiver envolvido em um contato (QSO) e não chamando CQ, a sua chamada provavelmente causará uma interferência desnecessária.
A estação que usa inicialmente a QRG (freqüência) também retém a propriedade para continuar usando-a quando do término do QSO.
Quando você responde à um CQ e posteriormente completa o QSO lembre-se que ele/ela tem o direito de permanecer usando aquela QRG após a conclusão do QSO. Se outro amador lhe chamar quando do término do QSO, o certo é pedir que ele mude (QSY) para outra QRG que não esteja sendo utilizada. Normalmente pede-se que ele suba (a frequência) ou desça da QRG em uso ou seja, faça QSY.
Como pedir QSY? PSE CALL UP ou simplesmente UP. PSE CALL 5 UP, por exemplo, significa por gentileza me chame 5 kHz (kilohertz) acima da QRG atual. Existem também DOWN, cujo significado é QSY baixo (freqüência inferior) mas o mais utilizado é para cima (UP) por ser mais curto. Também é utilizado o CALL UP que é uma solicitação para que o colega chame na primeira janela (QRG) livre acima da QRG em uso.
Não utilize uma freqüência que esteja sendo utilizada (QRL). Cortesia gera cortesia e esta tem sido por longo tempo um grande ponto a favor do Radioamadorismo e todos esperam que você continue com essa essencial tradição.
O USO DO QRZ: Se você transmitiu CQ (chamda geral à todas estações) e alguém lhe respondeu mas você perdeu ou não conseguiu copiar o indicativo de chamada (callsign) da estação que lhe contestou, a maneira certa de perguntar quem está lhe chamando é: de PP2... QRZ?.
Não existe estação alguma no mundo cujo indicativo de chamda inicia com a letra Q. Transmitir QRZ? De PP2CW (por exemplo) não é correto.
O USO DO QRL: Um procedimento incorreto similar ao exemplo acima citado que também é utilizado como subterfúgio à chamada geral é o uso do código "Q" que se utiliza para interrogar se a QRG (freqüência) está ocupada (QRL) ou não. Normalmente é utilizado para se interrogar se a QRG está ocupada (em uso) e pescar uma resposta. É aconselhável certificar-se que a QRG não está sendo utilizada antes de transmitir. Entretanto, um correto exemplo de como esta transmissão deve ser chamada geral (CQ) ou de iniciar um QSO (contato) de que a freqüência (QRG) não está sendo utilizada. Não utilize o código Q como sinônimo de CQ.
VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO EM CW (Continuous Wave): A maioria dos operadores tem, normalmente, condição de transmitir mais rápido do que podem receber. Isto é normal mas pode causar problemas para os iniciantes. Se você transmitir acima da velocidade que é capaz de receber, isto lhe trará problemas se o outro operador que contestar (responder) a sua chamada transmitir na mesma velocidade que você transmitiu.
Uma maneira eficaz de reduzir a velocidade de transmissão é concentrar-se em transmitir caracteres perfeitos. Outra maneira é aumentar-se ligeiramente o espaço entre as palavras e as letras. É natural para quem começa transmitir mais rápido do que se recebe pois normalmente estamos tentando aumentar a nossa velocidade de recepção
OUVINDO: Uma das mais importantes condições que devemos desenvolver para nos tornarmos bons operadores é a recepção.
Existe uma grande diferença entre operadores que esperam respostas aos seus CQ´s e ouvem cuidadosamente as respostas e os que simplesmente não ouvem respostas. Ao término de um CQ, cheque cuidadosamente as freqüência acima e abaixo da sua própria QRG de transmissão, pois muitas respostas são transmitidas até +/- 2 kHz (kilohertz) da QRG em que foi transmitido o CQ. Se nenhuma resposta foi ouvida, repita o CQ. Mantenha essa seqüência de chamando e ouvindo até que um QSO (contato) seja estabelecido ou até que você decida mudar de freqüência ou até quem sabe fazer QRT (desligar o equipamento). Depois de enviar um CQ fique sempre atento as respostas. Alguns fazem QSY (mudança de freqüência) quando não obtêm respostas aos seus CQs. Mudanças seguidas de QRG seguidas de CQ´s são ótimas para causar interferências desnecessárias. Séries curtas de CQs numa mesma QRG sempre trazem respostas a não ser que a propagação esteja totalmente fechada.
Habitue-se sempre a operar com HEADPHONES (fones de ouvido), mantendo o nível de áudio o mais baixo possível. Este procedimento lhe trará muitos dividendos no futuro pois, ao mesmo tempo em que você desenvolve sua audição também evitará problemas auditivos no futuro. De início, talvez você sinta alguma dificuldade mas logo se acostumará e mais tarde uma boa recepção (A sua!) em conjunto com uma capacidade auditiva bem desenvolvida poderá ser aquela diferença em faturar aquela figurinha (estação rara) longínqua que ninguém ouviu. Só você!
É necessário também treinamento para sintonizar-se uma estação que nos responde quando uma outra estação que não está em contato conosco opera em uma QRG muito próxima, causando QRM (interferência causada por outra(s) estação(ões).
A seguir faremos uma pequena apresentação das características de cada faixa entre 160 a 10 metros:
10 METROS: Uma banda onde novos e antigos operadores trabalham em comum é a de 10 metros. Por sua facilidade em trabalhar-se com pouca potência e antenas relativamente pequenas e seu alcance ser mundial, esta faixa é uma das preferidas dos iniciantes. Por ser uma banda de espectro grande 28000 a 29700, muitos modos são usados, cw, ssb, fm, satélite, modos digitais, repetidores, entre outros. No Brasil esta faixa é usada por todas as classes, exceto D. A propagação está geralmente aberta, mesmo nos tempos de baixa do ciclo solar. Muitos amadores conseguiram proezas em tempos de “propagações magras “, trabalhando centenas de países durante as poucas e curtas aberturas nas épocas de baixo fluxo solar. Os 10 metros também nos mostra algumas características das faixas altas de VHF, não escutar nenhum sinal nesta faixa não quer dizer que não haja propagação e a banda esteja fechada. Aberturas curtas, mas excelentes, são sempre possíveis. Descubra isto chamando CQ ! A mais popular estação em 10 metros é um transceptor com 100W e um pequena tri-banda 10 / 15 /20, ou mesmo uma monobanda curta em cima de um telhado. Amplificadores lineares e antenas muito altas não são realmente necessários , porém, instale sempre sua antena o mais alto que seja possível. Pequenos rotores usados em antenas de TV vão facilmente manejar esses conjuntos de irradiantes. Por ser muito larga a banda de operação em 10 metros, recomenda-se o uso de um antenna tuner, para o caso de se trabalhar na parte alta e baixa da banda, ou seja, fazendo FM e CW. Você poderá então com muita facilidade trabalhar uma estação de um amigo a 200 Km ou uma ilha no Pacífico Sul. A ausência quase sempre de estáticos, proporcionará que você opere sinais fracos ou pile-ups e tenha chance de ser escutado.
15 METROS: Talvez a mais amada entre todas as faixas, as condições nesta banda são as mais previsíveis para uso em DX. A operação em quinze metros é mais comum nos tempos de baixa atividade solar. Nestas épocas, os 15 metros se comportam melhor que a faixa de 10 metros ou 12. As comunicações continentais são possíveis praticamente durante todo o dia. Esta é uma das causas porque a maioria das redes se concentram nesta faixa, incluindo-se aí, os serviços de emergência de meteorologia, cruz vermelha, departamentos para o exterior dos EUA e as redes de DX. Nesta banda também o tipo mais comum de antena é a três elementos tri-banda, mas devido as condições especiais de propagação em certas épocas , é possível trabalhar estações longínquas com relativa facilidade, principalmente ao nascer e por do sol.
20 METROS: Se alguma das faixas pode ser rotulada de “ cavalo de batalha “, ou a “faixa da 4 estações “, os 20 metros certamente o será. Na prática esta banda reúne os melhores operadores, as estações mais potentes e as maiores antenas. É a faixa preferida dos Honnor Roll que a usam para este fim. Mas também é usada para comunicações no Brasil tendo em vista nossas proporções continentais. Praticamente o mundo radioamadorístico ocupa esta faixa, sendo ela a mais congestionada de todas. É a mais popular para dx, sstv, cw, operações digitais e um sem fim de utilizações. A maioria dos operadores utilizam 100 w e uma antena tri banda, conseguindo lograr sucesso com incrível facilidade, por isso é considerada a banda de elite do radioamadorismo. Em tempos passados a esta faixa eram atribuídos poderes mágicos pois se lograva comunicação com todos os países do planeta. Nos dias atuais os 20 metros permanecem sendo a principal via de comunicação especialmente DX em épocas de atividade solar alta ou não. Quando as condições de propagação estão favoráveis , é claro que a quantidade de estações ouvidas pode até nos frustrar devido a dificuldade de se escutar uma ou outra. A solução então, virá com uma antena maior, ex. seis elementos, que assim discriminará mais os sinais indesejáveis. Os comunicados via long-path também são favorecidos nesta faixa.
40 METROS: Eis a faixa que é mais compartilhada com outros serviços. Não é raro se encontrar estações comerciais, clandestinos e estações broadcast de até 500 Kw operando neste local. Um problema para os radioamadores, mas também um indicador de como está a propagação. Uma estação de broadcast é um indicador seguro muitas vezes. Durante o dia, 40 metros é uma banda de alcance médio, até 2000 Km, mas a noite, nos é possível contatar qualquer parte do mundo e v/c não precisa de 500 Kw. 40 metros é a faixa mais importante para todo tipo de concurso, muitos radioamadores possuem todos os países do mundo trabalhados nesta faixa. Durante o dia, temos as rodadas, durante a noite temos muitas redes de DX tentando trabalhar estações de outros países operando em split, como alternativa para fugir das broadcast e de outras interferências. A maioria das estações de radioamador da região 2, estão limitadas à freqüência de 7000 a 7100. Muitos radioamadores dos EUA como exemplo, não podem operar abaixo de 7100, por isso quando tentamos lograr êxito em um cq dirigido aos Estados Unidos, devemos chamar em split, com a escuta acima de 7100, entre as broadcastings. Em cw e modos digitais o procedimento para os EUA devem ser como nas demais bandas. Claro que muitos comunicados dx podem ser feitos com uma antena dipolo bem instalada nesta faixa, porém, devido as condições terem variado muito nos últimos anos, com aumento brutal de ruídos, uma antena direcional de 2 elementos dará uma grande ajuda para os DX e também para os contestes. Antenas verticais simples ou fasadas podem ser usadas com grande sucesso. Para recepção as Beverage podem ser tentadas em locais onde se disponha de espaço.
80 METROS: As coisas que muitos radioamadores pensam quando se menciona as bandas de 80 e 160 metros, é sempre o tamanho das antenas, gigantescas, e a série de ruídos encontrados nessas faixas. Mas, lembrem-se que os primeiros radioamadores estavam restritos a operar na faixa de 200 metros e abaixo disto! Essas faixas foram muito populares muitos anos antes de nossos sofisticados equipamentos e programas de computador para projetar antenas. Antes de se popularizarem as repetidoras operando em 2 metros no início da década de 70, muito do tráfego local, redes e tráfego de emergência era realizado na faixa de 80 metros. Para comunicados regionais, antenas de faixa estreita, dipolos encurtados, antenas verticais e outros arranjos combinados com acopladores de antena garantem uma regular performance. Dipolos full-size em V invertido, proporcionam bom sinal em comunicados a algumas centenas de quilômetros, porém o ruído também se faz presente. Para comunicados a longa distância, DX , v/c deve posicionar sua antena dipolo horizontal a pelo menos 15 metros de altura ( espaço livre ) ou mais. Tudo é valido para conseguir-se o intento, postes, árvores etc. Para se chegar a marca de 250 ou mais países em 80 metros, outros arranjos são feitos: Antenas fasadas, slopers, verticais em fase, dispositivos e antenas de baixo ruído só para recepção etc... Dependendo de seu poder aquisitivo, existem antenas direcionais de 4 elementos, pela bagatela de US$ 4000,00 ... mas não são muito populares. Os 80 metros representam sempre um obstáculo a quem está pretendendo o DXCC nas 5 bandas ( 5 Band DXCC ) ou o diploma WAZ ( Worked all Zones ), não são muitos radioamadores no mundo que conseguem tal proeza, o que torna –se uma experiência inesquecível para quem o fez. O que todos tem a dizer, é que a última zona trabalhada, foi uma zona de muito pouca população e que existiam muito poucos radioamadores lá! Para se contatar algumas zonas e/ou países, requer-se conhecimento de propagação, gray – line, muitas horas de sono perdidas, baixo ruído, expedições operando, bons ouvidos, e principalmente PERSISTÊNCIA! Depois de você ter treinado muito em 80 metros você poderá tentar outro desafio ... os 160 metros.
160 METROS: Conhecida como a “Top Band “, os 160 metros é a faixa dos experts. Os operadores desta banda se dedicam muito ao estudo e experiência com os mais variados tipos de antenas. Outros operadores, alem, dos experimentadores que estão na faixa, são os Dx-ers. Durante o dia os 160 metros não nos oferecem nada além do ruído. Você pode encontrar um ruído típico e estranho de aproximadamente 15 kHz que é o harmônico de algum aparelho de TV local. Durante o verão, podemos escutar os estáticos provocados pelas tempestades a centenas de quilômetros. Durante a noite as coisas mudam e muitas estações são ouvidas, principalmente na primavera e no outono. Podem ser ouvidos fortes sinais, principalmente em CW e também atividade em fonia. Existe uma variedade muito grande de antenas encurtadas que quando instaladas com o devido cuidado, proporcionarão bons contatos locais. Trabalhar Dx em 160 metros envolve fazer muitas descobertas. Envolve principalmente um trabalho árduo de caça. Se você espera encontrar sinais fortes na banda em qualquer dia do ano e a qualquer hora que ligue o rádio, está enganado! Eles são no geral muito mais fracos dos que os normalmente encontrados em outras bandas baixas. A primeira providência é a mudança radical para tentar melhorar a relação sinal / ruído na recepção. Como solução inicial a instalação de antenas Beverage ou de quadro. Uma técnica usada também é o uso da antena de 40 metros para auxiliar na cópia de sinais fracos. No geral, usa-se uma antena para transmissão e outra para recepção. As torres usadas para suportar as antenas de Hf podem ser usadas para suportar as L invertidas, outra boa opção para essa banda. Tenha em mente que as condições podem ser diferentes em 160 metros, tais como QSB, ruído e propagação podem ser exatamente ao contrário no mesmo dia e na mesma hora aos encontrados em 80 metros.
AS BANDAS WARC 12 / 17 E 30 METROS: A WARC, Conferência Mundial Administrativa de Rádio em 1979, incluiu as bandas de 12, 17 e 30 metros e os radio amadores tiveram direito ao uso em 1989. Essa novas bandas possuem as mesmas características das bandas adjacentes às suas freqüências, mas diferentes na propagação e no tamanho físico das antenas. Outra diferença é a pequena porção destinada aos comunicados. Cada banda tem suas vantagens em relação aos horários, como exemplo, a banda de 10 metros pode estar com a propagação fechada e a de 12 metros em plenas condições no mesmo horário. Apesar de estarem perto uma da outra, as condições podem estar totalmente ao contrário. Os 17 metros , uma faixa surpreendente, pois as condições são como as dos 20 metros, de alcance mundial e condições de propagação excelentes na maior parte do ano. Os 30 metros, limitados ao uso de CW e modos digitais e 200 W de potência, proporciona boas condições propagatórias. Vale a pena ser usada! Devido a falta de operadores brasileiros nesta faixa, nos divertiremos muito provocando Pile-Ups de europeus e norte americanos.
O que é o Radioamador? É a pessoa que, como passatempo, utiliza uma estação de rádio para comunicar-se com outras, sem propósitos comerciais. Alguns falam através de computadores utilizando modos digitais de comunicação, outros preferem utilizar os meios normais de comunicação através da voz e alguns preferem utilizar a velha, eficiente e agradável tecnologia do século 19 conhecida como Código Morse também chamada pelo seus praticantes de CW. Alguns Radioamadores ajudam a salvar vidas de pessoas efetuando comunicações de emergência após um desastres naturais como enchentes, desastres, terremotos, etc. Outros fazem uma grande amizade com pessoal com quem conversam, muitas vezes do lado do globo, pessoas que na maior parte das vezes nunca chegarão a conhecer! Você não pode imaginar, quantas coisas interessantes que poderá realizar como Radioamador. Que tipos de pessoas você conhecerá? Pessoas desconhecidas como as que você vê quando anda no centro da cidade, pessoas de diferentes raças, credos, idades, profissões, qualquer uma delas poderá ser um Radioamador que um dia você poderá encontrar no rádio. Em qualquer dia ou em qualquer hora você poderá estar envolvido em uma conversa amiga e de paz com pessoas em qualquer lugar do mundo pois o Radioamadorismo, mais do que qualquer hobby, não conhece fronteiras.
CLASSES DE RADIOAMADOR: Você pode escolher entre três da quatro classes de Radioamador existentes no Brasil para iniciar-se no Radioamadorismo.
1 . Na classe C, que permite apenas o uso de frequências acima de 50 MHz, você poderá utilizar muitas frequências, principalmente a popular faixa dos 2 metros (144 à 148 MHz). Também é permitido o uso de estações repetidoras que aumentam em muito o alcance dos rádios móveis e portáteis das faixas de VHF e UHF. A classe C, permite comunicações com todo o mundo, utilizando fonia e/ou telegrafia (CW) nas bandas de 160, 80 e 10 metros e exclusivamente CW nas bandas de 40 e 15 metros.
2. Na classe B além dos previlégios das classes D e C é permitida também a utilização na fonia na banda de 40 metros.
3. Após 1 ano de operação como classe B é permitido, prestar exames para promoção à última classe, a classe A, a qual abrirá as portas dos fabulosos 20 metros, permissão de utilização das chamadas bandas novas de 12, 17 e 30 metros e também a permissão de utilização de vários outros modos de transmissão como transmissão e recepção de sinais de TV.
INDICATIVOS DE CHAMADA: Todos os Radioamadores, ao receberem a sua licença, recebem também um indicativo de chamada. Muitos são mais conhecidos por seus indicativos de chamada do que por seus nomes. Indicativo de chamada é um conjunto de letras e números, fornecidos pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações). Nos indicativos de chamada utilizados no Brasil iniciam com P ou Z, dependendo da classe mais uma combinação de números e letras. As letras antes do número são chamadas de prefixo. As letras utilizadas pela Brasil originam-se do bloco PYA-PYZ e ZVA-ZVZ.
CONCURSOS E DIPLOMAS DE RADIOAMADORES: Se você gosta de competição, então gostará de participar de Concursos e ganhar Diplomas. Essas atividades radioamadorísticas reconhecem a sua habilidade em contatar outros radioamadores sob regras específicas.
Nos Concursos a finalidade é contatar tantos outros radioamadores quanto possível em um determinado período de tempo, normalmente em fins de semana. Os Diplomas são outorgados, por entidades e/ou associações de Radiomadores, quando determinadas tarefas são cumpridas, como por exemplo o famoso DXCC (DX Centurion Club), cuja tarefa é comprovar contatos com Radioamadores de no mínimo 100 (cem) diferentes países.
Os Clubes de CW brasileiros, possuem um extenso programa de Diplomas que se enquadra entre os maiores do mundo.
PADRÕES OPERACIONAIS: O Radioamadorismo tem através dos anos desenvolvido padrões e procedimentos operacionais próprios. Se cada um de nós utilizasse diferentes padrões, teríamos enormes dificuldades em comunicarmos uns com os outros.
O Radioamadorismo tem sido, durante décadas, famoso pôr sua ética e cavalheirismo e nós esperamos que você continue com essa essencial tradição.
SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO: Os 10, 12, 15, 17 e 20 metros normalmente possibilitam ótimos QSOs (comunicados) à longa distância (DX) durante todo o dia. Nos 30, 40, 80 e 160 metros são também possíveis ótimos contatos DX durante a noite , com ênfase no nascer e no pôr do sol, mas durante o dia o alcance dos QSOs é relativamente pequeno.
INÍCIO DE OPERAÇÃO: Ao iniciamos no rádio normalmente ficamos grande parte do nosso tempo corujando (escutando) QSO´s em andamento de outros operadores. Aprende-se muita coisa, mas nada como estarmos envolvidos em QSO´s para aumentarmos rapidamente a nossa eficiência operacional. Quando você está envolvido em um QSO, a informação que você recebe é muito importante do que um simples treino de recepção e assim você se empenhará em receber tudo corretamente. Nas faixas de HF (High Frequency) existe um alto grau de compreensão e ajuda. Não se preocupe em ir ao ar e começar a operar. Os momentos iniciais de puro terror rapidamente se converterão em pânico e este se transformará numa grande e agradável expectativa com a continuidade operacional.
PROCEDIMENTOS DE CHAMADA: Variam de acordo com as condições existentes, mas deverão ser sempre curtos para maior eficiência. No início, normalmente, passamos por uma fase na qual acreditamos que chamadas longas nos trarão um maior índice de respostas.
Você teria paciência para esperar o término de um longo e interminável CQ (Chamada geral a todas as estações) ?
CHAMADAS x RESPOSTAS: A estação que transmite um CQ(chamada geral à todas as estações), possivelmente terá vários amadores respondendo à sua chamada, proporcionando chances de contatos para quem fez a chamada. É mais produtivo ter várias estações respondendo ao seu CQ do que você ser uma das muitas estações que respondem à um CQ.
CHAMANDO EM UMA QRG (Freqüência) OCUPADA: Não é correto transmitir um CQ em uma freqüência que esteja ocupada (QRL). Isto normalmente acontece quando alguém ouve apenas a última parte de um indicativo de chamada quando se está sintonizando a banda. Quando o indicativo de chamada não é conhecido com certeza, o operador poderá mandar um CQ esperando que a outra estação responda. Entretanto, se o amador estiver envolvido em um contato (QSO) e não chamando CQ, a sua chamada provavelmente causará uma interferência desnecessária.
A estação que usa inicialmente a QRG (freqüência) também retém a propriedade para continuar usando-a quando do término do QSO.
Quando você responde à um CQ e posteriormente completa o QSO lembre-se que ele/ela tem o direito de permanecer usando aquela QRG após a conclusão do QSO. Se outro amador lhe chamar quando do término do QSO, o certo é pedir que ele mude (QSY) para outra QRG que não esteja sendo utilizada. Normalmente pede-se que ele suba (a frequência) ou desça da QRG em uso ou seja, faça QSY.
Como pedir QSY? PSE CALL UP ou simplesmente UP. PSE CALL 5 UP, por exemplo, significa por gentileza me chame 5 kHz (kilohertz) acima da QRG atual. Existem também DOWN, cujo significado é QSY baixo (freqüência inferior) mas o mais utilizado é para cima (UP) por ser mais curto. Também é utilizado o CALL UP que é uma solicitação para que o colega chame na primeira janela (QRG) livre acima da QRG em uso.
Não utilize uma freqüência que esteja sendo utilizada (QRL). Cortesia gera cortesia e esta tem sido por longo tempo um grande ponto a favor do Radioamadorismo e todos esperam que você continue com essa essencial tradição.
O USO DO QRZ: Se você transmitiu CQ (chamda geral à todas estações) e alguém lhe respondeu mas você perdeu ou não conseguiu copiar o indicativo de chamada (callsign) da estação que lhe contestou, a maneira certa de perguntar quem está lhe chamando é: de PP2... QRZ?.
Não existe estação alguma no mundo cujo indicativo de chamda inicia com a letra Q. Transmitir QRZ? De PP2CW (por exemplo) não é correto.
O USO DO QRL: Um procedimento incorreto similar ao exemplo acima citado que também é utilizado como subterfúgio à chamada geral é o uso do código "Q" que se utiliza para interrogar se a QRG (freqüência) está ocupada (QRL) ou não. Normalmente é utilizado para se interrogar se a QRG está ocupada (em uso) e pescar uma resposta. É aconselhável certificar-se que a QRG não está sendo utilizada antes de transmitir. Entretanto, um correto exemplo de como esta transmissão deve ser chamada geral (CQ) ou de iniciar um QSO (contato) de que a freqüência (QRG) não está sendo utilizada. Não utilize o código Q como sinônimo de CQ.
VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO EM CW (Continuous Wave): A maioria dos operadores tem, normalmente, condição de transmitir mais rápido do que podem receber. Isto é normal mas pode causar problemas para os iniciantes. Se você transmitir acima da velocidade que é capaz de receber, isto lhe trará problemas se o outro operador que contestar (responder) a sua chamada transmitir na mesma velocidade que você transmitiu.
Uma maneira eficaz de reduzir a velocidade de transmissão é concentrar-se em transmitir caracteres perfeitos. Outra maneira é aumentar-se ligeiramente o espaço entre as palavras e as letras. É natural para quem começa transmitir mais rápido do que se recebe pois normalmente estamos tentando aumentar a nossa velocidade de recepção
OUVINDO: Uma das mais importantes condições que devemos desenvolver para nos tornarmos bons operadores é a recepção.
Existe uma grande diferença entre operadores que esperam respostas aos seus CQ´s e ouvem cuidadosamente as respostas e os que simplesmente não ouvem respostas. Ao término de um CQ, cheque cuidadosamente as freqüência acima e abaixo da sua própria QRG de transmissão, pois muitas respostas são transmitidas até +/- 2 kHz (kilohertz) da QRG em que foi transmitido o CQ. Se nenhuma resposta foi ouvida, repita o CQ. Mantenha essa seqüência de chamando e ouvindo até que um QSO (contato) seja estabelecido ou até que você decida mudar de freqüência ou até quem sabe fazer QRT (desligar o equipamento). Depois de enviar um CQ fique sempre atento as respostas. Alguns fazem QSY (mudança de freqüência) quando não obtêm respostas aos seus CQs. Mudanças seguidas de QRG seguidas de CQ´s são ótimas para causar interferências desnecessárias. Séries curtas de CQs numa mesma QRG sempre trazem respostas a não ser que a propagação esteja totalmente fechada.
Habitue-se sempre a operar com HEADPHONES (fones de ouvido), mantendo o nível de áudio o mais baixo possível. Este procedimento lhe trará muitos dividendos no futuro pois, ao mesmo tempo em que você desenvolve sua audição também evitará problemas auditivos no futuro. De início, talvez você sinta alguma dificuldade mas logo se acostumará e mais tarde uma boa recepção (A sua!) em conjunto com uma capacidade auditiva bem desenvolvida poderá ser aquela diferença em faturar aquela figurinha (estação rara) longínqua que ninguém ouviu. Só você!
É necessário também treinamento para sintonizar-se uma estação que nos responde quando uma outra estação que não está em contato conosco opera em uma QRG muito próxima, causando QRM (interferência causada por outra(s) estação(ões).
RESPONDENDO: Quando respondendo à um CQ, é importante fazê-lo o mais perto possível da QRG da estação que transmitiu o CQ. Se mais de um operador responder ao CQ, o que enviou a chamda geral ouvirá melhor à quem lhe responder na sua QRG. Um benefício adicional dessa boa prática operacional é que o QSO (contato) essencialmente usa só uma QRG (freqüência), ao invés de duas. A resposta à um CQ deverá ser breve, usando-se não mais do que um 3 x 3 como por exemplo PP2JT chamou CQ e está sendo contestado por PP2RIO: PP2JT PP2JT PP2JT de PP2RIO PP2RIO PP2RIO k. Durante contestes, estas respostas poderá ser encurtada para 1x 1 ou 2 x 2 para se economizar tempo. A resposta não deverá ser enviada em maior velocidade do que a que o CQ foi enviado e em nenhuma circunstância deve-se responder em uma velocidade mais rápida do que a que você consegue receber. Quando você envia uma CQ não está chamando à ninguém em particular. Entretanto que responde à um CQ está chamando a estação que o enviou. Quando uma resposta é ouvida, uma transmissão típica poderia ser como este exemplo: PP2FN chamou CQ e está sendo contestado por PP2YL. PP2FN PP2FN PP2FN de PP2YL PP2YL PP2YL k. Em seguida PP2FN retorna após o término da transmissão de PP2YL. Lembre-se a letra K, no final do câmbio, significa: transmita. PP2YL de PP2FN BD (BT, BN) MUITO GRATO PELO SEU CHAMADO - SEU RST 599 599 599 - MEU QTH GOIÂNIA GOIÂNIA GOIÂNIA MEU NOME FABIO FABIO FABIO - HW? AR PP2YL DE PP2FN k O significado da transmissão anterior é: cumprimenta-se o colega (BD, BT, BN; bom dia, boa tarde ou boa noite); agradece-se a contestação; informa-se como estamos recebendo a transmissão usando-se o RST (R = Readibility = inteligibilidade; S = Strenght = intensidade do sinal e T = Tonality = tonalidade do sinal de CW). O RST 599 significa sinais perfeitamente legíveis, intensidade do sinal forte e tonalidade puro tom). A localização de PP2FN (QTH) é Goiânia e o nome (QRA) do operador é Fábio. Como você me copiou (HW? = How? = Como?). Note que ambos os indicativos são enviados apenas uma única vez no início e fim de cada transmissão, sendo que o indicativo de quem está transmitindo é sempre enviado por último ou seja, primeiro o indicativo de quem está recebendo seguido da palavra DE e do indicativo de quem está transmitindo. É um procedimento correto ser, nesta mensagem inicial, o mais breve possível e passar o câmbio pois ainda não sabemos como estamos sendo recebidos enquanto não recebermos a nossa reportagem de sinal (RST).
Se o seu indicativo não foi recebido corretamente, diga-lhe que ele ou ela está em erro e envie o seu indicativo de chamada lentamente um par de vezes para enfatizar o correto. É mais efetivo fazer esta operação durante a conversação do que apenas repetir o seu indicativo várias vezes durante a identificação da estação. Após o contato ter sido estabelecido com os indicativos de chamada então conhecidos por ambos os operadores não é mais necessário usar mais do que uma única vez os indicativos de chamada no início e no fim de cada transmissão. A identificação das estações é requerida no começo e no fim de cada transmissão de no máximo 3 (três) minutos ou com intervalos de 5 (cinco) minutos em transmissões de maior duração. A sigla AR (.-.-.) significa fim de transmissão. Em alguns casos de usa o BK (-...-.-) no início e no fim da transmissão indicando que a identificação não é desejada. Por exemplo, se você não copiou o nome (QRA) ou a localização (QTH) do operador que está em contato (QSO) com você o procedimento pode ser como segue: PSE RPT SEU NOME QRM BK BK de PP2BT - NOME JULIO JULIO JULIO BK
Não existe limite de variações com o que pode ser feito rápida e facilmente sem a identificação das estações do início e no final de cada transmissão.
RETENÇÃO da FREQÜÊNCIA (QRG) de TRANSMISSÃO: É natural movermos a sintonia principal do nosso transceptor quando estamos procurando ouvir uma resposta ao nosso CQ. Este é o procedimento correto quando possuímos controle de ajuste de freqüência para RX (recepção)e TX (transmissão) separados. Entretanto muitos dos novos operadores operam transceptores de modo que ajustes de sintonia afetam tanto a recepção quando à transmissão. Se você usa um transceptor, não mova a sintonia principal após o envio de um CQ. Se você fizer isso, o outro operador não ouvirá a sua respostas devido a alteração da sua QRG de transmissão quando você estiver respondendo à sua contestação.
Se a mudança não for grande provavelmente você será ouvido e haverá condições de prosseguir com o QSO mas um de vocês estará em uma QRG diferente da do outro o que não é muito recomendável.
SINTONIA DA RECEPÇÃO: Muitos transceptores dão condições de se modificar a QRG de recepção, somente ela, vários Khz (Kilohertz) acima e abaixo da QRG de transmissão sem afetar esta. Este artifício é conhecido por vários nomes como: BFO (beat Frequency oscillator), CLARIFIER (clarificador), OT (off-set tuning), PITCH, RIT (Receiver Incremental Tuning) and TONE. Não importa como é o nome no seu equipamento e sim conhecer o modo correto de utiliza-lo. Quando sintonizando em uma QRG livre, chamando CQ ou sintonizando uma estação, este ajuste deverá ser colocado na posição ZERO (ou desligado). Se isso não for feito, você não estará ouvindo na mesma QRG em que vai transmitir. Após enviar um CQ, não toque na sintonia principal. Use o clarificador para sintonizar as estações que porventura estejam respondendo o seu CQ. Obviamente isto não é considerado quando operando um receptor e transmissor com controles para RX e TX em separado.
Se você opera um transceptor que não tenha clarificador (ou algum controle de sintonia em separado) você notará que é melhor responder aos CQ´s do que envia-los. Isto, porque a sua QRG de transmissão tem de ser a mesma da outra estação para você ouvi-la bem e sua resposta deverá ser ouvida sem nenhuma ou quase nenhuma diferença nessas condições e se o outro operador responder um pouco fora da sua QRG, não haverá modo de você sintoniza-lo sem alterar a sua QRG de transmissão. Ao término de um QSO, sintonize a sua QRG de recepção acima e abaixo da QRG de transmissão que você usou e escute as estações que possam estar lhe chamando.
CONFIRMANDO PRIMEIROS QSO’s: Quando você trabalha um primeiro QSO (contato), deixe o outro amador saber que o QSO e o cartão QSL (confirmação por escrito do QSO) são importantes para você. Além de enviar a confirmação por escrito do QSO, pode-se também acrescentar outros detalhes do mesmo, agradecimentos e sugestões no seu QSL. Se você ainda não possui um QSL pessoal, não deixe de enviá-lo por este motivo pois a LABRE possui à disposição em suas Seccionais um tipo padronizado para seu uso. Tenha em mente que o amador ao qual você envia o seu QSL pode utiliza-lo para solicitar um diploma e não é nada agradável receber o nosso QSL de voltar por não estar corretamente preenchido. Experimente enviar um cartão rasurado para o DXCC!!! Obs.: O DXCC é o Diploma mais famoso no Radioamadorismo, sendo necessário para a sua obtenção confirmar QSO’s com, no mínimo, 100 diferentes países. Lembre-se sempre que os seguintes dados são essenciais no cartão QSL para que ele fique como manda o figurino.
1. DATA: Coloque dia, mês e ano da realização do QSO.
Obs.: Lembre-se que em inglês, coloca-se o mês em primeiro lugar: 01/12/98 significa 12 de Janeiro de 98.
2. INDICATIVO: Coloque o indicativo de chamada do colega com o qual você manteve o QSO, não esquecendo de especificar qualquer condição especial do mesmo como: móvel (terrestre, marítimo ou aéreo). Alguns colegas que operam QRP (baixa potência) e gostam que os cartões dirigidos à eles assinalem esta condição.
3. HORA: Trabalhe sempre com a hora internacional UTC (Universal Time Coordinated) que é a hora de Brasília + 3 horas. Não esqueça de diminuir 1 hora quando do horário de verão. O QTR (horário) deverá ser escrito com 4 (quatro) algarismos, de 0000 até 2359, sem intervalos entre eles, seguidos ou não da letra indicativa do fuso horário à que se referem.
4. MODO DE TRANSMISSÃO: Coloque neste item o tipo de emissão utilizado QSO, por exemplo SSB ou J3A, CW ou A1A, RTTY, AM (A3A), etc..., sendo que alguns diplomas exigem que o modo de emissão seja indicado nos QSL’s como segue: "2 way" ou "2 x CW indica que ambos os envolvidos no QSO estavam em CW não sendo aceitos QSL’s de outro modo e atualmente quase todos os Radioamadores utilizam uma dessas duas expressões. As reportagens mínimas internacionalmente aceitas para Diplomas são 338 pra CW e 33 para fonia.
5. FAIXA OU FREQÜÊNCIA: Indique a banda (comprimento de onda) ou freqüência (em Mhz) utilizada no QSO como segui: 160m (1,8 Mhz); 80m (3.5 Mhz); 40m (7 Mhz); 30m (10 Mhz); 20m (14 Mhz); 17m (18 Mhz); 15m (21 Mhz); 12m (24 Mhz); 10m (28 Mhz); 6m (50 a 54 Mhz); 2m (144 a 148 Mhz), etc...
6. REPORTAGENS: Este é um dado absolutamente essencial, pois não existe QSO sem reportagem, primeiro durante o QSO e depois confirmado no cartão QSL. Nas faixas de amadores utiliza-se o RST (Readibility, Strenght e Tone ou seja Inteligibilidade, Intensidade e Tom) sendo que o Tom só existe em CW. R varia de 1 até 5, sendo 1 para uma reportagem de sinal ininteligível e 5 para perfeitamente inteligível. A intensidade S varia de 1 até 9, igual ao S-meter do seu equipamento. Caso o sinal ultrapasse 9 você pode colocar por 9 + 10, 9 +15 ou 9 + ..., etc. Nos QSO´s em Cw a reportagem RST é um número de 3 algarismo sendo que R e S têm o mesmo significado dos QSO´s em fonia e o terceiro número significa a tonalidade do sinal de CW, T que varia de 1 até 9, sendo 1 igual à uma nota de CW modulado por um sinal de baixa freqüência e o 9 igual à uma nota de corrente contínua pura, sem traços de modulação.
DICAS:
a) Assine sempre os seus cartões QSL.
b) Cartões rasurados dão péssima impressão e não são aceitos para Diplomas.
c) É exigido para a maioria dos diplomas internacionais uma reportagem mínima, normalmente 33 para fonia e 338 para CW.
d) Seu QSL deve conter claramente seu indicativo de chamada, seu nome e endereço completo.
e) Outros detalhes como antena, potência, equipamentos, zona CQ e zona ITU, Grid locator, coordenadas geográficas também podem ser acrescentados. Se todos esperassem receber um cartão QSL antes de enviar o seu, não existiria tráfego de QSL. Se você quer receber um QSL de um QSO realizado, envie o seu o mais rápido QSL após o término do QSO.
CAÇANDO FIGURINHAS: Mesmo que um CQ DX seu resulte em um QSO com um país raro ou difícil, você provavelmente teve sorte. Isto raramente acontece. O que você, normalmente, tem que fazer é ouvir, ouvir, ouvir e então ouvir mais ainda. Torne-se um verdadeiro coruja das QRG’s. A menos que você seja sortudo o suficiente, para ouvir a figurinha primeiro do que todos, quando uma rara estação DX está em ação, normalmente ela é encontrada em um "PILE-UP" (engarrafamento, congestionamento) com inúmeras estações atrás dela como as abelhas operárias sobre a sua Rainha. Não entre de imediato, seja paciente. Ouça um pouco, observe seus hábitos, descubra onde ele está ouvindo.
Se não estiver na mesma QRG que você, cuidado ela pode estar operando "SPLIT’’ ou seja, transmitindo em uma QRG e ouvindo em outra.
Em CW, normalmente, eles escutam para cima citando quando no fim da sua transmissão "UP’’ ou seja transmitam acima da minha QRG de transmissão e espere a sua chance. Faça a sua chamada curta, rápida e de modo compreensível. Não é necessário repetir o indicativo dele (ele sabe disto muito bem), tudo que ele necessita é saber que você está chamando. Apenas envie o seu indicativo um par de vezes
. Dependendo do operador da estação DX apenas uma vez pode ser suficiente. Tente achar um intervalo quando poucas estações chamam e quando ele não está transmitindo e então ATAQUE! Com o tempo a experiência chega e você vai ver e ouvir todos os tipos de truques, alguns inteligentes, outros sujos. Você não terá problemas em distingui-los. Use sempre o seu bom senso.
Aprenda a utilizar os inteligentes, descartando os sujos.
NORMAS DE OPERAÇÃO DX: Observe as normas abaixo que você, possivelmente, terá ma longa e agradável carreira de DX-man:
1. Chame a estação DX que você deseja falar SOMENTE depois que ela chamar CQ, QRZ, transmitir SK ou VA ou o equivalente em fonia.
2. NUNCA CHAME UMA ESTAÇÃO DX:
2.1 Na QRG da estação em que ele estiver trabalhando, até que você esteja certo de que o QSO em andamento foi terminado.
2.2 Quando ele transmitir KN, AR, CL ou os equivalentes em fonia.
2.3 Após ele fazer um CQ direcional, a menos que você esteja na região ou área solicitada. Ex.: CQ CQ Africa, o Brasil não está na África portanto não atenda, espere ele chamar South America (SA).
3. Mantenha-se dentro dos limites de freqüências permitidos por nossa Legislação. Algumas estações DX transmitem fora das freqüências à nos permitidas.
4.1 Fique atento para as instruções das estação DX, 10U ou 10 UP, significa chame 10 Khz acima da QRG dele; 15D ou 15 DOWN, significam 15 Khz para baixo, etc.
5. Seja honesto nas suas reportagens pois muitas estações DX dependem da sua reportagem para ajustes da estação e equipamentos.
6. Mantenha seu sinal sempre limpo. Cliques de manipulação, piados, variações de QRG, uso de potência acima da permitida, excesso de modulação (SPLATTER) lhe trarão apenas má reputação ou mesmo problemas com a ANATEL, (AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES) e até com seus vizinhos (Cuidado com a TVI).
7. Ouça e chame a estação DX que lhe interesse. Chamar CQ DX não é o melhor meio de se caçar figurinhas.
8. Quando existirem várias estações aguardando para trabalhar uma "figurinha", evite pedir para que ele "ATENDA A UM AMIGO". Deixe o seu amigo disputar com os outros.
9. Se possível antes de entrar em pile-up, enquanto você estuda o melhor meio de caçar a "figura", procure ouvir corretamente o indicativo de chamada da "figurinha", seu QSL MANAGER (OU SEJA QUEM RESPONDE PELO QSL DELA), etc..., para evitar perda de tempos e/ou possíveis erros.
Para finalizar, a boa impressão que você deixa em nossos amigos estrangeiros vale muito mais do que você pensa.
ESCOLHENDO SUA QRG: Algumas coisinhas sobre propagação são necessárias que você conheça: quatro são os fatores principais que determinam as características de propagação:
1. Freqüência em que você está operando
2. Hora do dia ou noite
3. Estação do ano (verão, inverno, outono e primavera).
4. Ciclo das manchas solares.
A seleção da banda apropriada depende bastante dos outros três fatores. Por exemplo, 80m (3,5 até 3.8 Mhz) ao meio dia, verão, na melhor condição do ciclo de manchas solares é, com certeza a pior escolha possível enquanto a mesma banda, à meia noite, no inverno, na pior condição da manchas solares, produz excelentes DX’s. Rapidamente você aprenderá pela experiência e observação quando operar em determinada banda visando o melhor DX. Atente que em várias bandas como 2, 6 e 10m existem BEACONS (estações sinalizadoras), que estão em operação para indicar as aberturas das referidas bandas. Observe entre 28.2 e 28.3 Mhz (10 metros) e em torno dos 50.110 Mhz (6 metros). Estações comerciais nas proximidades dos extremos das bandas de amadores também dão um referencial confiável das aberturas de propagação, lembre-se apenas que grande parte dessas estações operam com potências muitíssimo superior às permitidas para nós e, em conseqüência disso, elas poderão ser ouvidas bem antes que a abertura cheque ao ponto necessário para permitir comunicações entre Radioamadores.
CONTESTES: Os concursos são para o Radioamador, o mesmo que os JOGOS OLÍMPICOS são para os atletas: um palco para se mostrar a perícia e o talento, bem como um estímulo que melhorarmos continuamente as nossas condições, tanto operacionais como técnicas.
O aumento da técnica operacional e maior eficiência operacional são os resultados finais predominantes de um operador que participe sempre de contestes, quer seja um sério competidor quer seja um eventual participante.
Alguma dúvida sobre isto? Coruje as bandas, qualquer uma, ouça os mais eficientes operadores. Pode apostar que a grande maioria deles participa sempre de contestes. O operador de contestes sabe por experiência que ser conciso e breve é essencial.
O operador de contestes gosta também de possuir um dos melhores sinais das bandas.
NÃO TEM NECESSARIAMENTE O MAIS ELABORADO EQUIPAMENTO, MAS UM SINAL QUE DEMONSTRA O USO MAIS EFICIENTE DOS COMPONENTES DISPONÍVEIS NA SUA ESTAÇÃO.
Participar de contestes é também uma das mais fáceis maneiras de se contatar locais e/ou estações que se necessitem trabalhar para se habilitar para inúmeros diplomas. Entretanto, uma coisa que deve ser compreendida é que operadores sérios de contestes não gostam de demoras, de forma que não diga no meio conteste que você precisa do QSL, apenas cite isso no cartão QSL que você vai remeter.
Também não é imperativo que você seja um AZ (na fonia ou no CW), para se participar de contestes ou mesmo trabalhar DX. Apenas evite operar próximo do limites inferiores das QRG’s aonde normalmente se concentram a maior parte das atividades.
CONVIDADOS: Muitos desconhecem que é possível pessoas não habilitadas operarem a sua estação, sob determinadas condições. Isto é uma operação legal mas o titular da estação deverá estar presente no local de operação, iniciará e terminará os câmbios e se responsabilizará pelas transmissões.
O QUE NÃO FAZER: É ilegal transmitir música. Isso pode acontecer quando temos a nossa cada cheia de gente.
É normal ter-se em casa música e também outras pessoas ouvindo rádio e/ou TV, gravadores K7 ou tocando instrumentos musicais.
Música não é o problema quando se opera CW, mas pode ser facilmente transmitida quando se opera fonia (SSB, FM, AM, etc.). Estórias e brincadeiras obscenas são também banidas das bandas de amador. Comunicados referentes a negócios financeiros também não são autorizados, de forma que vender ou comprar equipamentos pelo éter não de boa praxe.
QUANDO ESTIVER EM DÚVIDA NÃO FAÇA NADA ATÉ DETERMINAR SE É LEGAL OU NÃO!
SINAIS DE TÉRMINO: Sempre houver muita discussão sobre o uso correto dos sinais telegráficos, incluindo os sinais de término.
Todos os sinais de trabalho tem significado conhecido, e é prática ruim utilizar outros que não os internacionalmente reconhecidos.
O comitê Consultivo Internacional de Telegrafia e Telefonia (CCITT) e o Comitê Consultivo Internacional de Rádio (CCIR) trabalham sob os auspícios da União Internacional das Telecomunicações (ITU). As decisões do CCITT e CCIR são publicadas pela ITU, e nós normalmente recebemos estas informações através da União Internacional de Radioamadorismo (IARU - International Amateur Radio Union).
A diferença entre símbolos indicadores como SK (comercial) e VA (militar) não tem significado real, desde que ambos significam a mesma coisa (final de trabalho) e soam de maneira idêntica. SK significa que você terminou uma série de transmissões. Quando você envia SK, você está dizendo ao outro operador que você escutará os seus comentários finais mas não tem intenção de prosseguir o QSO.
Quando o outro operar o seu comentário final e também assinala que vai embora, é cortesia comum enviar-se BD, BT ou BN (bom dia, boa tarde ou boa noite) como cumprimento e também assinalar que o comentário final foi recebido. O símbolo de fim de mensagem é AR e não tem outro significado. Se nenhuma mensagem foi enviada nem estabelecido nenhum QSO, não é certo enviar-se AR, porque não há fim para uma mensagem que não existiu. A letra K (convite a transmitir) enviada fora do contexto (não é parte do indicativo de chamada) e no final da transmissão diz ao outro operador: RESPONDA. AR não significa responda a despeito de muitas publicações não oficiais o indicarem com este significado.
A letra N após a letra K é também imprópria e supérflua. Não tem significado aceito internacionalmente, a despeito de ser usada comumente para indicar que somente a resposta da estação chamada será aceita. Desde que a identificação do indicativo de chamada especifica a estação que você está chamando, não há necessidade de dizer aos outros amadores não respondam. É engraçado ouvir quando algumas estações usam KN ao final de uma chamada CQ, pois chama-se geral a todas as estações (CQ) e ao final do mesmo coloca-se uma restrição as respostas: KN (responda somente você). Rodadas são comuns em fonia mas são raras em CW. Quando um terceiro amador está tentando brecar um QSO em andamento, normalmente existe algum motivo válido para a interrupção e eu duvido que aqueles que enviam KN recusem incluir uma rara estação DX ou um amigo pessoal no seu QSO.
Se o seu indicativo não foi recebido corretamente, diga-lhe que ele ou ela está em erro e envie o seu indicativo de chamada lentamente um par de vezes para enfatizar o correto. É mais efetivo fazer esta operação durante a conversação do que apenas repetir o seu indicativo várias vezes durante a identificação da estação. Após o contato ter sido estabelecido com os indicativos de chamada então conhecidos por ambos os operadores não é mais necessário usar mais do que uma única vez os indicativos de chamada no início e no fim de cada transmissão. A identificação das estações é requerida no começo e no fim de cada transmissão de no máximo 3 (três) minutos ou com intervalos de 5 (cinco) minutos em transmissões de maior duração. A sigla AR (.-.-.) significa fim de transmissão. Em alguns casos de usa o BK (-...-.-) no início e no fim da transmissão indicando que a identificação não é desejada. Por exemplo, se você não copiou o nome (QRA) ou a localização (QTH) do operador que está em contato (QSO) com você o procedimento pode ser como segue: PSE RPT SEU NOME QRM BK BK de PP2BT - NOME JULIO JULIO JULIO BK
Não existe limite de variações com o que pode ser feito rápida e facilmente sem a identificação das estações do início e no final de cada transmissão.
RETENÇÃO da FREQÜÊNCIA (QRG) de TRANSMISSÃO: É natural movermos a sintonia principal do nosso transceptor quando estamos procurando ouvir uma resposta ao nosso CQ. Este é o procedimento correto quando possuímos controle de ajuste de freqüência para RX (recepção)e TX (transmissão) separados. Entretanto muitos dos novos operadores operam transceptores de modo que ajustes de sintonia afetam tanto a recepção quando à transmissão. Se você usa um transceptor, não mova a sintonia principal após o envio de um CQ. Se você fizer isso, o outro operador não ouvirá a sua respostas devido a alteração da sua QRG de transmissão quando você estiver respondendo à sua contestação.
Se a mudança não for grande provavelmente você será ouvido e haverá condições de prosseguir com o QSO mas um de vocês estará em uma QRG diferente da do outro o que não é muito recomendável.
SINTONIA DA RECEPÇÃO: Muitos transceptores dão condições de se modificar a QRG de recepção, somente ela, vários Khz (Kilohertz) acima e abaixo da QRG de transmissão sem afetar esta. Este artifício é conhecido por vários nomes como: BFO (beat Frequency oscillator), CLARIFIER (clarificador), OT (off-set tuning), PITCH, RIT (Receiver Incremental Tuning) and TONE. Não importa como é o nome no seu equipamento e sim conhecer o modo correto de utiliza-lo. Quando sintonizando em uma QRG livre, chamando CQ ou sintonizando uma estação, este ajuste deverá ser colocado na posição ZERO (ou desligado). Se isso não for feito, você não estará ouvindo na mesma QRG em que vai transmitir. Após enviar um CQ, não toque na sintonia principal. Use o clarificador para sintonizar as estações que porventura estejam respondendo o seu CQ. Obviamente isto não é considerado quando operando um receptor e transmissor com controles para RX e TX em separado.
Se você opera um transceptor que não tenha clarificador (ou algum controle de sintonia em separado) você notará que é melhor responder aos CQ´s do que envia-los. Isto, porque a sua QRG de transmissão tem de ser a mesma da outra estação para você ouvi-la bem e sua resposta deverá ser ouvida sem nenhuma ou quase nenhuma diferença nessas condições e se o outro operador responder um pouco fora da sua QRG, não haverá modo de você sintoniza-lo sem alterar a sua QRG de transmissão. Ao término de um QSO, sintonize a sua QRG de recepção acima e abaixo da QRG de transmissão que você usou e escute as estações que possam estar lhe chamando.
CONFIRMANDO PRIMEIROS QSO’s: Quando você trabalha um primeiro QSO (contato), deixe o outro amador saber que o QSO e o cartão QSL (confirmação por escrito do QSO) são importantes para você. Além de enviar a confirmação por escrito do QSO, pode-se também acrescentar outros detalhes do mesmo, agradecimentos e sugestões no seu QSL. Se você ainda não possui um QSL pessoal, não deixe de enviá-lo por este motivo pois a LABRE possui à disposição em suas Seccionais um tipo padronizado para seu uso. Tenha em mente que o amador ao qual você envia o seu QSL pode utiliza-lo para solicitar um diploma e não é nada agradável receber o nosso QSL de voltar por não estar corretamente preenchido. Experimente enviar um cartão rasurado para o DXCC!!! Obs.: O DXCC é o Diploma mais famoso no Radioamadorismo, sendo necessário para a sua obtenção confirmar QSO’s com, no mínimo, 100 diferentes países. Lembre-se sempre que os seguintes dados são essenciais no cartão QSL para que ele fique como manda o figurino.
1. DATA: Coloque dia, mês e ano da realização do QSO.
Obs.: Lembre-se que em inglês, coloca-se o mês em primeiro lugar: 01/12/98 significa 12 de Janeiro de 98.
2. INDICATIVO: Coloque o indicativo de chamada do colega com o qual você manteve o QSO, não esquecendo de especificar qualquer condição especial do mesmo como: móvel (terrestre, marítimo ou aéreo). Alguns colegas que operam QRP (baixa potência) e gostam que os cartões dirigidos à eles assinalem esta condição.
3. HORA: Trabalhe sempre com a hora internacional UTC (Universal Time Coordinated) que é a hora de Brasília + 3 horas. Não esqueça de diminuir 1 hora quando do horário de verão. O QTR (horário) deverá ser escrito com 4 (quatro) algarismos, de 0000 até 2359, sem intervalos entre eles, seguidos ou não da letra indicativa do fuso horário à que se referem.
4. MODO DE TRANSMISSÃO: Coloque neste item o tipo de emissão utilizado QSO, por exemplo SSB ou J3A, CW ou A1A, RTTY, AM (A3A), etc..., sendo que alguns diplomas exigem que o modo de emissão seja indicado nos QSL’s como segue: "2 way" ou "2 x CW indica que ambos os envolvidos no QSO estavam em CW não sendo aceitos QSL’s de outro modo e atualmente quase todos os Radioamadores utilizam uma dessas duas expressões. As reportagens mínimas internacionalmente aceitas para Diplomas são 338 pra CW e 33 para fonia.
5. FAIXA OU FREQÜÊNCIA: Indique a banda (comprimento de onda) ou freqüência (em Mhz) utilizada no QSO como segui: 160m (1,8 Mhz); 80m (3.5 Mhz); 40m (7 Mhz); 30m (10 Mhz); 20m (14 Mhz); 17m (18 Mhz); 15m (21 Mhz); 12m (24 Mhz); 10m (28 Mhz); 6m (50 a 54 Mhz); 2m (144 a 148 Mhz), etc...
6. REPORTAGENS: Este é um dado absolutamente essencial, pois não existe QSO sem reportagem, primeiro durante o QSO e depois confirmado no cartão QSL. Nas faixas de amadores utiliza-se o RST (Readibility, Strenght e Tone ou seja Inteligibilidade, Intensidade e Tom) sendo que o Tom só existe em CW. R varia de 1 até 5, sendo 1 para uma reportagem de sinal ininteligível e 5 para perfeitamente inteligível. A intensidade S varia de 1 até 9, igual ao S-meter do seu equipamento. Caso o sinal ultrapasse 9 você pode colocar por 9 + 10, 9 +15 ou 9 + ..., etc. Nos QSO´s em Cw a reportagem RST é um número de 3 algarismo sendo que R e S têm o mesmo significado dos QSO´s em fonia e o terceiro número significa a tonalidade do sinal de CW, T que varia de 1 até 9, sendo 1 igual à uma nota de CW modulado por um sinal de baixa freqüência e o 9 igual à uma nota de corrente contínua pura, sem traços de modulação.
DICAS:
a) Assine sempre os seus cartões QSL.
b) Cartões rasurados dão péssima impressão e não são aceitos para Diplomas.
c) É exigido para a maioria dos diplomas internacionais uma reportagem mínima, normalmente 33 para fonia e 338 para CW.
d) Seu QSL deve conter claramente seu indicativo de chamada, seu nome e endereço completo.
e) Outros detalhes como antena, potência, equipamentos, zona CQ e zona ITU, Grid locator, coordenadas geográficas também podem ser acrescentados. Se todos esperassem receber um cartão QSL antes de enviar o seu, não existiria tráfego de QSL. Se você quer receber um QSL de um QSO realizado, envie o seu o mais rápido QSL após o término do QSO.
CAÇANDO FIGURINHAS: Mesmo que um CQ DX seu resulte em um QSO com um país raro ou difícil, você provavelmente teve sorte. Isto raramente acontece. O que você, normalmente, tem que fazer é ouvir, ouvir, ouvir e então ouvir mais ainda. Torne-se um verdadeiro coruja das QRG’s. A menos que você seja sortudo o suficiente, para ouvir a figurinha primeiro do que todos, quando uma rara estação DX está em ação, normalmente ela é encontrada em um "PILE-UP" (engarrafamento, congestionamento) com inúmeras estações atrás dela como as abelhas operárias sobre a sua Rainha. Não entre de imediato, seja paciente. Ouça um pouco, observe seus hábitos, descubra onde ele está ouvindo.
Se não estiver na mesma QRG que você, cuidado ela pode estar operando "SPLIT’’ ou seja, transmitindo em uma QRG e ouvindo em outra.
Em CW, normalmente, eles escutam para cima citando quando no fim da sua transmissão "UP’’ ou seja transmitam acima da minha QRG de transmissão e espere a sua chance. Faça a sua chamada curta, rápida e de modo compreensível. Não é necessário repetir o indicativo dele (ele sabe disto muito bem), tudo que ele necessita é saber que você está chamando. Apenas envie o seu indicativo um par de vezes
. Dependendo do operador da estação DX apenas uma vez pode ser suficiente. Tente achar um intervalo quando poucas estações chamam e quando ele não está transmitindo e então ATAQUE! Com o tempo a experiência chega e você vai ver e ouvir todos os tipos de truques, alguns inteligentes, outros sujos. Você não terá problemas em distingui-los. Use sempre o seu bom senso.
Aprenda a utilizar os inteligentes, descartando os sujos.
NORMAS DE OPERAÇÃO DX: Observe as normas abaixo que você, possivelmente, terá ma longa e agradável carreira de DX-man:
1. Chame a estação DX que você deseja falar SOMENTE depois que ela chamar CQ, QRZ, transmitir SK ou VA ou o equivalente em fonia.
2. NUNCA CHAME UMA ESTAÇÃO DX:
2.1 Na QRG da estação em que ele estiver trabalhando, até que você esteja certo de que o QSO em andamento foi terminado.
2.2 Quando ele transmitir KN, AR, CL ou os equivalentes em fonia.
2.3 Após ele fazer um CQ direcional, a menos que você esteja na região ou área solicitada. Ex.: CQ CQ Africa, o Brasil não está na África portanto não atenda, espere ele chamar South America (SA).
3. Mantenha-se dentro dos limites de freqüências permitidos por nossa Legislação. Algumas estações DX transmitem fora das freqüências à nos permitidas.
4.1 Fique atento para as instruções das estação DX, 10U ou 10 UP, significa chame 10 Khz acima da QRG dele; 15D ou 15 DOWN, significam 15 Khz para baixo, etc.
5. Seja honesto nas suas reportagens pois muitas estações DX dependem da sua reportagem para ajustes da estação e equipamentos.
6. Mantenha seu sinal sempre limpo. Cliques de manipulação, piados, variações de QRG, uso de potência acima da permitida, excesso de modulação (SPLATTER) lhe trarão apenas má reputação ou mesmo problemas com a ANATEL, (AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES) e até com seus vizinhos (Cuidado com a TVI).
7. Ouça e chame a estação DX que lhe interesse. Chamar CQ DX não é o melhor meio de se caçar figurinhas.
8. Quando existirem várias estações aguardando para trabalhar uma "figurinha", evite pedir para que ele "ATENDA A UM AMIGO". Deixe o seu amigo disputar com os outros.
9. Se possível antes de entrar em pile-up, enquanto você estuda o melhor meio de caçar a "figura", procure ouvir corretamente o indicativo de chamada da "figurinha", seu QSL MANAGER (OU SEJA QUEM RESPONDE PELO QSL DELA), etc..., para evitar perda de tempos e/ou possíveis erros.
Para finalizar, a boa impressão que você deixa em nossos amigos estrangeiros vale muito mais do que você pensa.
ESCOLHENDO SUA QRG: Algumas coisinhas sobre propagação são necessárias que você conheça: quatro são os fatores principais que determinam as características de propagação:
1. Freqüência em que você está operando
2. Hora do dia ou noite
3. Estação do ano (verão, inverno, outono e primavera).
4. Ciclo das manchas solares.
A seleção da banda apropriada depende bastante dos outros três fatores. Por exemplo, 80m (3,5 até 3.8 Mhz) ao meio dia, verão, na melhor condição do ciclo de manchas solares é, com certeza a pior escolha possível enquanto a mesma banda, à meia noite, no inverno, na pior condição da manchas solares, produz excelentes DX’s. Rapidamente você aprenderá pela experiência e observação quando operar em determinada banda visando o melhor DX. Atente que em várias bandas como 2, 6 e 10m existem BEACONS (estações sinalizadoras), que estão em operação para indicar as aberturas das referidas bandas. Observe entre 28.2 e 28.3 Mhz (10 metros) e em torno dos 50.110 Mhz (6 metros). Estações comerciais nas proximidades dos extremos das bandas de amadores também dão um referencial confiável das aberturas de propagação, lembre-se apenas que grande parte dessas estações operam com potências muitíssimo superior às permitidas para nós e, em conseqüência disso, elas poderão ser ouvidas bem antes que a abertura cheque ao ponto necessário para permitir comunicações entre Radioamadores.
CONTESTES: Os concursos são para o Radioamador, o mesmo que os JOGOS OLÍMPICOS são para os atletas: um palco para se mostrar a perícia e o talento, bem como um estímulo que melhorarmos continuamente as nossas condições, tanto operacionais como técnicas.
O aumento da técnica operacional e maior eficiência operacional são os resultados finais predominantes de um operador que participe sempre de contestes, quer seja um sério competidor quer seja um eventual participante.
Alguma dúvida sobre isto? Coruje as bandas, qualquer uma, ouça os mais eficientes operadores. Pode apostar que a grande maioria deles participa sempre de contestes. O operador de contestes sabe por experiência que ser conciso e breve é essencial.
O operador de contestes gosta também de possuir um dos melhores sinais das bandas.
NÃO TEM NECESSARIAMENTE O MAIS ELABORADO EQUIPAMENTO, MAS UM SINAL QUE DEMONSTRA O USO MAIS EFICIENTE DOS COMPONENTES DISPONÍVEIS NA SUA ESTAÇÃO.
Participar de contestes é também uma das mais fáceis maneiras de se contatar locais e/ou estações que se necessitem trabalhar para se habilitar para inúmeros diplomas. Entretanto, uma coisa que deve ser compreendida é que operadores sérios de contestes não gostam de demoras, de forma que não diga no meio conteste que você precisa do QSL, apenas cite isso no cartão QSL que você vai remeter.
Também não é imperativo que você seja um AZ (na fonia ou no CW), para se participar de contestes ou mesmo trabalhar DX. Apenas evite operar próximo do limites inferiores das QRG’s aonde normalmente se concentram a maior parte das atividades.
CONVIDADOS: Muitos desconhecem que é possível pessoas não habilitadas operarem a sua estação, sob determinadas condições. Isto é uma operação legal mas o titular da estação deverá estar presente no local de operação, iniciará e terminará os câmbios e se responsabilizará pelas transmissões.
O QUE NÃO FAZER: É ilegal transmitir música. Isso pode acontecer quando temos a nossa cada cheia de gente.
É normal ter-se em casa música e também outras pessoas ouvindo rádio e/ou TV, gravadores K7 ou tocando instrumentos musicais.
Música não é o problema quando se opera CW, mas pode ser facilmente transmitida quando se opera fonia (SSB, FM, AM, etc.). Estórias e brincadeiras obscenas são também banidas das bandas de amador. Comunicados referentes a negócios financeiros também não são autorizados, de forma que vender ou comprar equipamentos pelo éter não de boa praxe.
QUANDO ESTIVER EM DÚVIDA NÃO FAÇA NADA ATÉ DETERMINAR SE É LEGAL OU NÃO!
SINAIS DE TÉRMINO: Sempre houver muita discussão sobre o uso correto dos sinais telegráficos, incluindo os sinais de término.
Todos os sinais de trabalho tem significado conhecido, e é prática ruim utilizar outros que não os internacionalmente reconhecidos.
O comitê Consultivo Internacional de Telegrafia e Telefonia (CCITT) e o Comitê Consultivo Internacional de Rádio (CCIR) trabalham sob os auspícios da União Internacional das Telecomunicações (ITU). As decisões do CCITT e CCIR são publicadas pela ITU, e nós normalmente recebemos estas informações através da União Internacional de Radioamadorismo (IARU - International Amateur Radio Union).
A diferença entre símbolos indicadores como SK (comercial) e VA (militar) não tem significado real, desde que ambos significam a mesma coisa (final de trabalho) e soam de maneira idêntica. SK significa que você terminou uma série de transmissões. Quando você envia SK, você está dizendo ao outro operador que você escutará os seus comentários finais mas não tem intenção de prosseguir o QSO.
Quando o outro operar o seu comentário final e também assinala que vai embora, é cortesia comum enviar-se BD, BT ou BN (bom dia, boa tarde ou boa noite) como cumprimento e também assinalar que o comentário final foi recebido. O símbolo de fim de mensagem é AR e não tem outro significado. Se nenhuma mensagem foi enviada nem estabelecido nenhum QSO, não é certo enviar-se AR, porque não há fim para uma mensagem que não existiu. A letra K (convite a transmitir) enviada fora do contexto (não é parte do indicativo de chamada) e no final da transmissão diz ao outro operador: RESPONDA. AR não significa responda a despeito de muitas publicações não oficiais o indicarem com este significado.
A letra N após a letra K é também imprópria e supérflua. Não tem significado aceito internacionalmente, a despeito de ser usada comumente para indicar que somente a resposta da estação chamada será aceita. Desde que a identificação do indicativo de chamada especifica a estação que você está chamando, não há necessidade de dizer aos outros amadores não respondam. É engraçado ouvir quando algumas estações usam KN ao final de uma chamada CQ, pois chama-se geral a todas as estações (CQ) e ao final do mesmo coloca-se uma restrição as respostas: KN (responda somente você). Rodadas são comuns em fonia mas são raras em CW. Quando um terceiro amador está tentando brecar um QSO em andamento, normalmente existe algum motivo válido para a interrupção e eu duvido que aqueles que enviam KN recusem incluir uma rara estação DX ou um amigo pessoal no seu QSO.